A Casa Barbot é uma antiga residência unifamiliar edificada na década de 1920 em estilo arte nova localizada na Avenida da República, freguesia de Santa Marinha, Vila Nova de Gaia, em Portugal. Neste edifício, classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1982, funciona actualmente a Casa da Cultura do município. A Casa Barbot é o único exemplo de arte nova em Vila Nova de Gaia e inclui formas de inspiração árabe na cobertura, azulejos de inspiração neoclássica e ainda elementos de gosto oriental, aproximando o edifício de um gosto francês de finais do século XIX. Foi mandada construir em 1904 pelo seu primeiro proprietário, o vianense Bernardo Pinto Abrunhosa. No entanto, o nome pelo qual ficou conhecida provém de Ermelinda Barbot, proprietária do edifício em 1945. Apesar das transformações sucessivas introduzidas pelos diversos proprietários, o edifício mantém a estrutura inicial de cave mais dois pisos. A fachada virada para a avenida apresenta duas varandas sobrepostas, de composição conjunta. No ângulo, encontra-se uma outra varanda em consola, de planta circular, com uma espécie de baldaquino em forma de bolbo, que corresponde, no piso térreo, a um duplo arco. A fachada norte destaca-se pelo terraço superior, com cobertura hexagonal ao centro, cujo desenho se reflecte no piso inferior, e escadaria exterior de acesso ao portal, protegido por cobertura de ferro. Esta cobertura em mansarda com óculos denota a influência do estilo do Segundo Império Francês de Napoleão III. Na Casa Barbot trabalharam o escultor Alves de Sousa, o mestre estucador Baganha, o professor de pintura Veloso Salgado, responsável pela decoração de algumas divisões, e o arquitecto Ventura Terra, que assinou a Sala dos Passos Perdidos do Palácio de São Bento, em Lisboa.
Bem-haja
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