sábado, 29 de maio de 2010

Igreja dos Clérigos - Freguesia da Vitória - Cidade do Porto - Portugal

Formado por diversas dependências - igreja, enfermaria, secretaria e torre sineira -, este é um emblemático edifício do barroco portuense. Da autoria do italiano Nicolau Nasoni, a sua edificação foi da responsabilidade da Irmandade dos Clérigos, congregação religiosa surgida no Porto em 1707. Nos finais do ano de 1731, Nasoni vê o seu plano para a nova igreja aprovado. No ano seguinte é dado início às obras na Igreja dos Clérigos, consagrada a Nossa Senhora da Assunção. Trabalharam no estaleiro da obra os mestres arquitectos António Pereira, Miguel Francisco da Silva e, a partir de 1745, Manuel António de Sousa. Nesse ano foi realizada uma vistoria na presença de Nicolau Nasoni, tendo-se concluído que os alicerces da fachada não a suportariam, pelo que foi necessário refazer essa parte da obra, que ficou concluída em 1750. De acordo com a opinião do historiador Robert Smith, a planta do arquitecto florentino terá sido influenciada pela Igreja de Santiago de Valeta, em Malta, e a fachada poderá ter sido inspirada em algumas igrejas de Roma da primeira metade do século XVII. A fachada revela-se uma composição cenográfica, escalonada em dois pisos e encimada por frontão recortado em ziguezague. Esta movimentada fachada de planos reentrantes é rasgada por janelas, nichos com estátuas e um portal nobre, elementos envolvidos por um túrgido e dinâmico jogo de formas decorativas barrocas, de cariz vegetalista e fitomórfico. O desnível entre a rua e a entrada é vencido por uma escadaria, levantada entre 1750 e 1754, da autoria de Manuel António de Sousa, de acordo com o plano do arquitecto italiano que seria alterado em 1827. A nave desenha uma oval e possui um aspecto grandioso e amplo, contendo quatro altares laterais. A capela-mor, de formato rectangular, apresenta um magnífico retábulo de mármores policromos. Executado entre 1767 e 1780, este constitui um raro exemplo da arte barroca da Invicta. A casa dos clérigos - enfermaria e secretaria - é obra de Nasoni e foi concretizada entre 1754 e 1759. Situa-se na parte traseira da igreja e apresenta a forma de um polígono. O ex-líbris desta casa religiosa é a torre sineira, mais conhecida por Torre dos Clérigos, edificada entre os anos de 1757 e 1763. Com uma altura de 75,6 metros, está seccionada em seis zonas repartidas por quatro andares, com uma movimentada decoração de motivos fitomórficos própria da linguagem escultórica do barroco. Virada para ocidente está a fachada principal da torre sineira, onde foi rasgada a porta de acesso.
HISTORIA

Obra famosa pela sua torre e com a qual forma um conjunto arquitectónico muito conhecido na cidade do Porto, a Igreja dos Clérigos é um edifício barroco projectado pelo arquitecto Nasoni.
A história da Igreja dos Clérigos, remonta à Irmandade dos Clérigos, que se havia instituído no Porto. A Irmandade resultou da fusão de três instituições de beneficência criadas na cidade durante o século XVII, com a finalidade de socorrer clérigos em dificuldades. Eram elas a Confraria dos Clérigos Pobres de Nossa Senhora da Misericórdia, fundada em 1630; a Irmandade de S. Filipe de Nery, fundada em 1665; e por último, a Confraria dos Clérigos de S. Pedro. A nova instituição acabaria logo por juntar, através de esmolas e outras dádivas, capital próprio, mas faltava-lhes uma casa própria ou uma igreja para as suas funções religiosas, pois na altura a instituição funcionava na Igreja da Misericórdia, no Porto. É, precisamente a 31 de Maio de 1731 que se realiza uma assembleia geral, presidida por D. Jerónimo Távora e Noronha, principal mecenas de Nasoni, com a finalidade de se decidir sobre a proposta da construção de uma nova igreja para a Irmandade dos Clérigos. Para a construção do novo templo, a Irmandade aceitaria uma doação de um terreno baldio situado no cimo de uma calçada que ia da fonte de Arca até ao Adro dos Enforcados (um terreno fora da antiga muralha fernandina, onde eram sepultados os criminosos sentenciados na forca e os que morriam fora da religião; devido à nova construção da igreja e torre dos Clérigos, aquele adro foi mudado para outro lugar, junto aos terrenos do Hospital de Santo António). Foi nomeada igualmente uma comissão de quatro irmãos para administradores dessa obra. As propostas para o título de padroeira da igreja foram três: Senhora do Socorro, Senhora das Necessidades ou Senhora da Assunção, ficando esta última. A primeira pedra da igreja é lançada no dia 23 de Junho de 1732, justamente na presença do arquitecto Nicolau Nasoni, tocando todos os sinos dos diferentes templos da cidade ao mesmo tempo para comemorar esse facto. As obras começaram a seguir a bom ritmo, mas ao fim de algum tempo ficaram totalmente paradas. A razão deveu-se provavelmente a várias intrigas movidas pelo pároco de Santo Ildefonso, preocupado com a ocorrência que o novo templo vinha a estabelecer. A expulsão do mestre pedreiro António Pereira, aliado do referido pároco e a sua substituição por Miguel Francisco da Silva não alterou grandemente o estado das obras. Em 1745, numa vistoria, não foram aprovados os alicerces da frontaria e decidiu-se então que tudo se desfizesse e fosse tudo refeito de novo com a grandeza que a obra parecia merecer. A 28 de Julho de 1748, mesmo sem que o edifício estivesse totalmente terminado, a igreja seria aberta ao culto. Só dois anos depois é que a fachada principal estaria pronta. A escadaria que antecede a igreja foi principiada em 1750 e as suas obras demorariam cerca de 4 anos. Concluído o templo, a irmandade começou a pensar na necessidade de se construir um hospital e enfermaria para que se recolhessem e curassem os irmãos doentes e pobres; mas as obras só começariam em 1753 com a doação de um outro terreno que ficava por detrás da igreja. Devido às modificações radicais e ampliação de que foi alvo, em relação ao projecto primitivo, a capela-mor teve de ser totalmente reconstruída; de 1767 até 1773 procedeu-se à referida reconstrução da capela-mor, seguindo-se outros pequenos arranjos, vindo as obras a ser dadas como inteiramente concluídas em 1779, com a sagração da igreja no dia 12 de Dezembro desse ano, pelo bispo do Porto D. Frei João Rafael de Mendonça. Nasoni foi enterrado nesta igreja, à qual dedicou muito tempo e dedicação. A obra é um notável exemplo da síntese da arquitectura barroca e rocaille do Norte de Portugal


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TORRE DOS CLÉRIGOS - FREGUESIA DA VITÓRIA - CIDADE DO PORTO - PORTUGAL

Considerado por muitos, o ex libris da cidade do Porto, esta torre sineira faz parte da igreja com o mesmo nome, construída entre 1754 e 1763, a partir de um projecto de Nicolau Nasoni. Foi mandada erigir por D. Jerónimo de Távora Noronha Leme e Sernache, a pedido da Irmandade dos Clérigos Pobres. O seu arquitecto, Nicolau Nasoni, contribui durante muitos anos para a construção da grande torre dos clérigos sem receber nada em troca e só alguns anos depois isso aconteceu. Está classificada pelo IPPAR como Monumento Nacional desde 1910 [1]. Descrição da Torre A torre, se bem que mais considerada pelos habitantes do Porto, foi a última construção do conjunto dos Clérigos, dos quais fazem parte a igreja e uma enfermaria. Foi iniciada em 1754, tendo em conta o aproveito do terreno que sobrara para a instalação da enfermaria dos Clérigos. O projecto inicial de Nasoni previa a construção de duas torres, e não apenas de uma. A torre é decorada segundo o gosto barroco, com esculturas de santos, fogaréus, cornijas bem acentuadas e balaustradas. Tem seis andares e 75 metros de altura, que se sobem por uma escada em espiral com 225 degraus. Era, na altura da sua construção, o edifício mais alto de Portugal. No primeiro andar apresenta uma porta encimada pela imagem de São Paulo, tendo por debaixo, inserido num medalhão, um texto de São Paulo, na Carta aos Romanos. A espessura das paredes do primeiro andar, em granito, chega a atingir os dois metros. Destacam-se as janelas abalaustradas do último andar, mais comprimido e decorado, e os quatro mostradores de relógio. Os materiais utilizados na construção da Torre dos Clérigos foram, principalmente, o granito e o mármore.


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CASA ORIENTAL – FREGUESIA DA VITÓRIA – CIDADE DO PORTO – PORTUGAL

Já são famosas as imagens desta casa diariamente decorada com uma camada de bacalhaus na fachada e com a porta ladeada de caixas de fruta e legumes a expor o que de melhor ali se vende. Pormenor com o toldo descido.


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Já são famosas as imagens desta casa diariamente decorada com uma camada de bacalhaus na fachada e com a porta ladeada de caixas de fruta e legumes a expor o que de melhor ali se vende. Na verdade, é em busca do rei do Natal em muitas mesas nortenhas que ali se deslocam muitos portuenses mas não só. No interior, o trato é célere e sempre galhofeiro. Mercearia fundada em 1910, mesmo junto aos Clérigos e que ainda mantém uma pintura de inspiração oriental na fachada.

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domingo, 23 de maio de 2010

Igreja da Trindade

Em 1803 edificava-se, sob o risco de CARLOS AMARANTE, a Igreja da Trindade. A Ordem Trinitária substituíra a Ordem Terceira de S. Domingos, extinta em 1755, depois de grandes conflitos com os Dominicanos, mas só nos alvores do século XIX, se veio aqui estabelecer no Laranjal. A Igreja da Trindade é uma igreja da cidade do Porto em Portugal.
Construída durante todo o século XIX, segundo projecto do arquitecto Carlos Amarante (que está sepultado nesta igreja). A igreja foi aberta ao culto a 5 de Junho de 1841.
Na capela-mor destaca-se o painel de grandes dimensões do pintor José de Brito, representando o Baptismo de Cristo.
Esta é uma das igrejas mais imponentes da cidade, pelas suas enormes proporções, já que está integrada num complexo hospitalar da Ordem Terceira da Santíssima Trindade, fundada em 1755. Ocupa um quarteirão inteiro e o edifício foi projectado pelo engenheiro militar Carlos Amarante, no início do séc. XIX, ainda que só tenha sido terminado no séc. XX. Tem um estilo neoclássico com influências barrocas. A entrada é precedida por um pórtico com três arcos, sobre o qual se levanta a torre, com sinos e relógio. No interior há vários retábulos barrocos de talha dourada, destacando-se o Maior, obra do arquitecto José Marques da Silva, que representa o baptismo de Cristo. Esta igreja encontra-se justamente em frente da fachada posterior da Câmara Municipal.


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TERRACE - ARTE - CAFÉ (Junto à Praça da Trindade)

Café - Arte - Café é um estabelecimento acolhedor, serviço esmerado e funcional. As refeições são de muito boa qualidade e a preços habituais a outros estabelecimento do mesmo ramo.


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CHAFARIZ DO LARANJAL

A fonte antes de ser transformada em chafariz, existiu mais abaixo, constando de uma fonte rasa, para a qual se descia por degraus abertos no pavimento da rua, a qual era conhecida pela fonte do Olho do Cu.
Para que o povo perdesse o hábito do chamadoiro, a Câmara transformou-a em artístico chafariz, em 1854 com o material vindo do antigo chafariz do Largo de S. Domingos.
A água vinha do manancial de Camões que passava pelo Largo do Laranjal.


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Câmara Municipal do Porto - Portugal (Fachada posterior)

Fachada posterior da Câmara Municipal do Porto situa-se na Praça da TRINDADE, o antigo largo do Laranjal. Já na planta de COSTA LIMA, de 1839, a Praça se denomina da Trindade, mas ainda em 1877, diz PINHO LEAL, era conhecida por Laranjal.


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segunda-feira, 17 de maio de 2010

CENTO CÍVICO DE VILA NOVA DE GAIA

Centro Cívico de Vila Nova de Gaia, já em avançada fase de construção. Na imagem pode ver-se a situação no início das obras e a futura situação depois da obra acabada.
Centro Cívico idealizado e construído pelo actual Presidente do Município de Vila Nova de Gaia Doutor Luís Filipe Menezes e restante vereação



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AVENIDA DA REPUBLICA VILA NOVA DE GAIA - DISTRITO DO PORTO - PORTUGAL

Segmento ascendente da Avenida da Republica, desde a Ponte de D. Luís I até ao futuro Centro Cívico de Vila Nova de Gaia, já em avançada fase de construção.

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