Cónegos regrantes do Mosteiro de S. Salvador de Grijó.
A história dos cónegos regulares surgiu em consequência das exortações urgentes do Sínodo de Latrão, em 1059. Os clérigos autónomos dos cabidos de algumas catedrais, principalmente na Inglaterra (Carlisle), e de um grande número de colegiadas da Europa ocidental, respondeu à apelação; e a necessidade de uma regra da vida para o regime novo produziu, no fim do século XI, a dita Regra de Santo Agostinho, que foi adoptada extensamente pelos cónegos regulares, que começaram também a se ligar pelos votos da pobreza, da obediência e da castidade. Seus membros são chamados cónegos pretos, numa referência à cor do hábito de manto que usam. O surgimento destes cónegos determinou, no século XI, a distinção entre cónegos regulares e seculares. Com a carta apostólica Caritatis unita, de 4 de Maio de 1959, o Papa João XXIII fundou a Confederação dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho, no 900.º aniversário do Primeiro Sínodo de Latrão. Como seu predecessor, o Papa São Gregório VI, quis promover a vida canonical no mundo contemporâneo. A Confederação é uma união de caridade que agrupa nove congregações de cónegos regulares pela recíproca ajuda e suporte. Criada Confederação dos Cónegos Regulares Agostinianos, passaram a integrá-la:
* os Cónegos Regulares Lateranenses
* os Cónegos Regulares da Congregação austríaca
* os Cónegos Regulares do Grande São Bernardo
* os Cónegos Regulares de São Maurício d’Agaune
* os Cónegos Regulares de Windesheim
* os Cónegos Regulares da Imaculada Conceição
* os Cónegos Regulares de Maria Mãe do Redentor
* os Cónegos Regulares dos Irmãos da Vida Comum
* os Cónegos Regulares de São Vítor
Os seus mais importantes mosteiros em Portugal foram os de Santa Cruz, em Coimbra, e o de São Vicente de Fora, em Lisboa.
A Ordem tem veneração especial pela Paixão de Cristo, por Nossa Senhora, pelos Santos Anjos, arautos da Cruz. Seu cunho especial é a Liturgia Solene. Seus sacerdotes pregam exercícios espirituais e sobretudo auxiliam a Igreja na oração e ajuda ao clero.
As abadias dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho apresentam poucas particularidades próprias. Sendo uma Ordem de clero regular, ocupando uma posição de meio termo entre monges e cónegos seculares – algo como um conjunto de párocos a viverem em comunidade e em observância a uma regra. Em 1542, alguns cónegos regrantes do Mosteiro de S. Salvador de Grijó, invocando a insalubridade dos ares da primeira fundação que se localizava em lugar ermo, doentio e isolado. Necessitando este de obras de vulto, decidindo o Rei D. João III, o Reformador de Santa Cruz de Coimbra e o Prior-Mor D. Bento de Abrantes, fundar uma nova Casa mais perto da Cidade do Porto. Assentaram edificar o novo Mosteiro no montado da Quinta de Quebrantões, na Serra de S. Nicolau de Vila Nova, que compraram aos seus fidalgos proprietários. Ao Mosteiro edificado veio chamar-se Santo Agostinho da Serra do Pilar. Passa-se isto em 1598, início da construção da actual igreja – ao lado da primitiva capela, ainda viva e bem conservada - dada por concluída e benzida apenas em 1672.
Bem-haja
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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Aqui tão perto, conheci o Mosteiro de Grijó em Julho passado quando fui madrinha de crisma... Achei uma pequena maravilha. É um "cofre" que guarda valioso tesouro. Há uma parte que julgo ser ala residencial que está em obras.
ResponderEliminarTemos coisas tão lindas que não conhecemos! Fazes bem em divulgá-las. Um abraço Graça