sábado, 26 de setembro de 2009

"Entrada de D. João I no Porto para celebrar o seu casamento com D. Filipa de Lencastre (séc. XIV)"

Em 1387, D. João I casa com D. Filipa de Lencastre, filha de João de Gaunt, Duque de Lencastre, fortalecendo por laços familiares os acordos do Tratado de Aliança Luso-Britânica, que perdura até hoje. Depois da morte em 1390 de João de Castela, sem herdeiros de D. Beatriz, a ameaça castelhana ao trono de Portugal estava definitivamente posta de parte. A partir de então, D. João I dedicou-se ao desenvolvimento económico e social do país, sem se envolver em mais disputas com a vizinha Castela ou a nível internacional. A excepção foi a conquista de Ceuta, no Norte de África, em 1415, uma praça de importância estratégica no controle da navegação na costa de África que é conquistada a 21 de Agosto. Após a sua conquista são armados cavaleiros, na mesquita daquela cidade, os príncipes D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique. Entretanto, na véspera da partida de Lisboa, falecera a rainha D. Filipa de Lencastre.


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Torneio de Arcos de Valdevez

Em 1140, travou-se, nas margens do rio Vez, perto de Arcos de Valdevez, um torneio entre cavaleiros portugueses e leoneses, em vez da batalha campal tradicional que, antes, esteve iminente. Venceram, à maneira medieval, os portugueses, ficando seus prisioneiros os Leoneses. Este torneio levou à negociação do armistício entre Afonso VII e Afonso Henriques, trocando-se prisioneiros. Este terá sido um primeiro passo para a celebração do Tratado de Zamora, em 1143. Na Estação de São Bento, no Porto, encontra-se um painel de azulejos ilustrativo do Torneio.


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Egas Moniz, o aio

Egas Moniz apresentando-se ao rei de Leão com a sua família - Painel de Azulejo na Estação de São Bento (Porto)
Egas Moniz, dito «o Aio» (1080 — 1146) foi um rico-homem portucalense, da linhagem dos Riba Douro uma das cinco grandes famílias do Entre-Douro-e-Minho condal do século XII, a quem Henrique de Borgonha, conde de Portucale confiou a educação do filho, Afonso Henriques, tarefa essa que lhe deu o cognome pelo qual é conhecido.
Por esta altura Portucale era nominalmente dependente de Leão e Castela, então regidos pela rainha D. Urraca. Por morte desta em 1127, sucede-lhe no trono Afonso VII, o qual adopta o título de imperador de toda a Hispânia, procurando a vassalagem dos demais reinos, incluindo entre eles também o Condado Portucalense, que há muito demonstrava tendências autonomistas. Em 1128, Afonso Henriques, então com vinte anos, foi feito chefe dos barões que temiam a influência galega sobre Portucale e, forçado a batalhar contra as forças de sua mãe, Teresa de Leão, vence-as nos campos de São Mamede e assume a liderança política do condado, desejando lutar pela independência do Condado e alargar as fronteiras.
Pouco depois, Afonso VII vai por cerco a Guimarães, então sede política do condado, e exige um juramento de vassalagem a seu primo Afonso Henriques; Egas Moniz dirigiu-se ao imperador, comunicando-lhe que o primo aceitava a submissão.
Contudo, depois de deslocar a sua capital para Coimbra (1131), Afonso Henriques sente-se com força para destruir os laços que o ligavam a Afonso VII; faz-lhe guerra e invade a Galiza, travando-se a batalha de Cerneja (1137), da qual saem vitoriosos os portucalenses.
Como Afonso Henriques não cumpriu o acordado por seu aio, Egas Moniz, segundo reza a lenda, ao saber do sucedido, deslocou-se a Toledo, a capital imperial, descalço e com um baraço ao pescoço. Acompanhado da sua esposa e filhos, colocou ao dispor do imperador a sua vida e a dos seus, como penhor pela manutenção do juramento de fidelidade de nove anos antes. Diz-se que o imperador, comovido com tanta honra, o perdoou e mandou em paz de volta a Portucale.


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CONQUISTA DE CEUTA

No sentido de amenizar a impressão da severa nobreza do granito utilizado na fachada majestosa do edifício, recorreu-se à tradição da azulejaria portuguesa para decorar a "sala de visitas" da cidade. Das diversas propostas apresentadas, foi aprovada por portaria de 24 de Novembro de 1905 a apresentada por Jorge Colaço (1868/1942) .

CONQUISTA DE CEUTA

Um exército de cerca de 19 000 a 20 000 cavaleiros e soldados portugueses, ingleses, galegos e biscainhos havia largado de Lisboa a 25 de Julho, embarcado em cerca de 240 ou 110 navios de transporte e vasos de guerra. Na expedição seguia a fina flor da aristocracia portuguesa do século XV, incluíndo os príncipes Duarte, o herdeiro, Pedro, Duque de Coimbra e Henrique, Duque de Viseu. Após uma escala em Lagos, fundearam diante de Ceuta a 21 de Agosto, tendo efectuado o desembarque sem encontrar resistência por parte dos Mouros. A guarnição da cidade de Ceuta correu a fechar as portas da cidade, mas as tropas portuguesas foram rápidas a impedir o estabelecimento de defesas adequadas. Na manhã de 22 de Agosto, Ceuta estava em mãos portuguesas. A mesquita foi consagrada e, na primeira missa lá realizada, os três príncipes da Ínclita geração presentes foram feitos cavaleiros pelo seu pai. Ceuta seria a primeira possessão portuguesa em África, estratégica para a exploração Atlântica que começava a ser efectuada.Deixando ficar o conde de Viana, D. Pedro de Meneses, o rei, os infantes e o resto da frota regressaram a Lisboa em Setembro, tendo permanecido durante treze dias em Ceuta. Os marroquinos não se deram por vencidos e atacaram a cidade em 1418 e 1419, sem qualquer resultado. Manter a cidade constituía-se em um problema logístico: era necessário enviar suprimentos, armas e munições; a maior parte dos soldados era recrutada à força, recorrendo-se a condenados e criminosos a quem o rei comutava a pena desde que fossem para Ceuta e ainda recompensar generosamente os nobres que ocupavam postos de chefia. Julgaram consegui-lo, quando do desastre português de Tânger, pedindo como resgate do infante de D. Fernando a cidade de Ceuta. Mas D. Fernando faleceu no cativeiro e a cidade continuou portuguesa (1443). Ceuta teve que se aguentar sozinha durante 43 anos até que a posição da cidade ser consolidada com a tomada de Alcácer Seguer (1458), Arzila e Tânger (1471).
A cidade foi reconhecida como possessão portuguesa pelo Tratado de Alcáçovas (1479) e pelo Tratado de Tordesilhas (1494).
Quando da Dinastia Filipina, Ceuta manteve a administração portuguesa, assim como Tânger e Mazagão. Todavia, quando da Restauração Portuguesa, não aclamou o Duque de Bragança, como rei de Portugal, mantendo-se espanhola. A situação foi oficializada em 1668 com a assinatura do Tratado de Lisboa entre os dois países, e que pôs fim à guerra da Restauração.




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A Estação de São Bento é uma estação ferroviária localizada na Praça de Almeida Garrett, na cidade do Porto, Portugal.
Apesar do primeiro comboio ter chegado àquele local no dia 7 de Novembro de 1896, a Estação de São Bento só foi inaugurada em 1916.


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Convento de São Bento de Ave-marias

A estação ferroviária foi edificada no princípio do século XX no preciso local onde existiu o Convento de São Bento de Ave-maria que datava do século XVI. Daí o nome com que a estação foi baptizada.
Com a extinção das ordens religiosas, o mosteiro ficou completamente devoluto em 1892, tendo-se decidido construir no local a estação ferroviária central do Porto. A demolição dos claustros iniciou-se em 1894 e a da igreja em 1900.
O edifício foi construído de acordo com o projecto do arquitecto Marques da Silva e a gare foi solenemente inaugurada a 1 de Maio de 1915.



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domingo, 20 de setembro de 2009

Convento de Corpus Christi (Últimas Notas)


(103) Por o rei D. Pedro o considerar como um dos principais autores do assassinato de D. Inês de Castro, foi barbaramente morto, diante do mesmo soberano, em Santarém, no dia 18 de Janeiro de 1357.

(104) O actual duque de Bragança. D. Duarte Nuno, neto do rei D. Miguel I, é descendente directo, em linha varonil, do primeiro duque de Bragança.

(105) O senhorio de Gaia-a-pequena pertenceu a Aires Gonçalves de Figueiredo, que foi o último alcaide do Castelo de Gaia.

(107) A falecida Maria Adelaide – vulgarmente designada por Santa Maria Adelaide, sepultada em Arcozelo, foi serva neste convento durante bastantes anos.


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As águas do rio Douro

As águas do rio Douro, por ocasião de cheias, invadiam as celas do convento de Corpus Christi, chegando, nas cheias de 1652 e de 1739, a penetrar na igreja, a ponto de obrigarem a retirar o Sacramento. Por tal motivo foi construído o edifício actual com os dormitórios mais altos. No entanto, na cheia de 23 de Dezembro de 1909, as águas do Douro chegaram e entrar na igreja a uma altura de 0,20 m.



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As monjas do mosteiro de Corpus Christi

Chegou a ter cerca de setenta religiosas professoras; mas as recolhidas e criadas ascendiam a mais de duzentas (107). Especializaram-se no fabrico de arroz-doce, que tão saboreado foi pelos vates e poetas que acorreram às festas dos abadessados realizadas no largo outeiro do convento de Corpus Christi. Durante um quarto de século funcionaram no convento de Corpus Christi escolas do ensino primário para ambos os sexos, chegando as matrículas de ambas a ascenderem a mais de 400. Às crianças mais pobres era dada uma sopa diária, bem como roupas às mais necessitadas. D. Camila Júlia de Almeida Braga, que foi admitida, neste convento, ainda criança, foi a desvelada enfermeira das últimas monjas desta casa religiosa: D. Clara Emília do Nascimento e D. Marcelina Cândida Viana, derradeira vigária da mais vetusta casa religiosa nas terras de Gaia. Depois, tomando a seu cargo a direcção das escolas, chegou a vender todos os seus bens para as poder sustentar. E, quando ela, por ordem da autoridade, teve de deixar, no ano de 1922, a sua cela, tal desgosto teve que, apenas, sobreviveu 48 horas na casa em que foi recolhida. Quem, presentemente, contemple o edifício do antigo mosteiro de Corpus Christi de Gaia, deverá bendizer a hora em que ele foi escolhido para servir de glorioso troféu à divina virtude da Caridade e, consequentemente, para proveito próprio da humanidade bem atestada na missão que sublima os trabalhos do Instituto Feminino de Educação e Regeneração. Foi prioresa deste mosteiro a madre Catarina da Glória, que viveu 120 anos. Tinha entrado para este mosteiro com a idade de seis anos. As monjas do mosteiro de Corpus Christi foram muito celebradas pelos mais famosos improvisadores e insignes vates na ocasião de festas realizadas no espaçoso outeiro desta casa religiosa. No ano de 1897 foi demolido um passadiço, que ligava o actual edifício do convento com os armazéns de Miguel Sousa Guedes.


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 O CONVENTO DE «CORPUS CHRISTI»

Esta antiga casa religiosa foi fundada por D. Maria Mendes Petite, mãe de Pedro Coelho(103), que foi ministro do Rei D. Afonso IV e avó de D. Leonor Alvim, que foi esposa do heróico D. Nuno Alvares Pereira. A sua fundadora, por escritura de 11 de Outubro de 1345, doou as casas e igreja que mandara edificar, em Gaia, às Donas Pregaretas da Ordem de S. Domingos para se fazer ofício divino a serviço do corpo de Jesus Cristo. Tendo o Cabido da Sé do Porto protestado contra o funcionamento desta nova casa religiosa, só em 12 de Abril de 1354 é que, por breve pontifício, nela entrou a sua primeira prioresa, a soror Marinha Afonso Lobato, com outras monjas vindas do convento das Donas Pregaretas, de Santarém. Neste convento foi sepultada, no ano de 1387, ao lado de sua avó, falecida em 1355, D. Leonor Alvim, mãe de D. Beatriz Alvim Pereira, que foi esposa do primeiro duque de Bragança, D. Afonso, filho bastardo do Rei D. João I e de Inês Pires (104). Em 1404, na capela de Santiago, deste convento, também foi sepultado Álvaro Anes de Cernache, alferes - more da Ala dos Namorados, em 14 de Agosto de 1385, na gloriosa batalha de Aljubarrota. Este denodado herói acompanhou o Rei D. João I à conquista de Ceuta, onde foi armado cavaleiro pelo mesmo soberano. Também foi senhor de Gaia Maior (105), e o fundador da actual casa Campo Belo Por Decreto de 28 de Maio de 1834, foram extintas as ordens religiosas; e, por isso, este mosteiro somente poderia subsistir até ao falecimento da sua última freira. Todavia, para evitar-se o encerramento deste mosteiro e, muito principalmente, o exercício do culto, foi constituída, em 14 de Janeiro de 1882, a Confraria de Nossa Senhora do Rosário e S. Domingos de Gusmão. Em 5 de Janeiro de 1894 faleceu a sua última freira (D. Marcelina Cândida Viana.); mas a confraria conseguiu manter o culto até ao ano de 1922, data em que foi dissolvida por ordem do Governo, sob o pretexto de que as salas das aulas em que era ministrado o ensino primário por senhoras piedosas, não tinham a indispensável higiene. O convento foi, pois, encerrado; todavia, por diligências do então governador civil, o brigadeiro Sr. Luís Nunes da Ponte, coadjuvado pelo Sr. Dr. Joaquim Dinis da Fonseca e outras pessoas, conseguiu que neste extinto convento se instalasse o Instituto Feminino de Educação e Regeneração, que foi inaugurado, no dia 9 de Janeiro de 1930, pelo bispo do Porto, D. António Meireles. Tão prestante como humaníssima instituição é, desde o seu início, dirigida pelas religiosas Irmãs do Bom Pastor. Presentemente, depois das grandes obras realizadas em todo o edifício e igreja deste antigo mosteiro gaiense, pode afirmar-se que, no género, é o mais importante estabelecimento do país.


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Convento de Corpus Christi - Santa Marinha - Vila Nova de Gaia

O Convento de Corpus Christi, também conhecido como Instituto do Bom Pastor, é um antigo edifício religioso localizado na freguesia de Santa Marinha, em Vila Nova de Gaia, Portugal.
A actual igreja do Convento de Corpus Christi, da Ordem de São Domingos, é de estilo barroco joanino, de planta centralizada octogonal, projecto do padre Pantaleão da Rocha de Magalhães, arquitecto responsável por várias obras no Porto e arredores, e seguindo o modelo do templo lisboeta do Mosteiro do Bom Sucesso de Santa Maria de Belém, pertencente à mesma ordem.
No interior, destaca-se o cadeiral do coro em talha dourada que remonta à segunda metade do século XVII, onde sobressai a expressividade de determinadas máscaras e animais. A pintura e a imaginária que decoram a igreja (teto do coro alto, espaldar do cadeiral e retábulos) apresentam uma iconografia que se enquadra nas temáticas da Ordem. Representam santos dominicanos e outros, com destaque para três devoções principais: o Santo Rosário, o nome de Jesus e a Eucaristia.
Encontram-se aqui sepultadas D. Leonor de Alvim, mulher de D. Nuno Álvares Pereira, e sua avó, D. Maria Mendes Aboim, falecida em 1355 e fundadora do convento; também se encontra aqui a arca tumular de Álvaro Anes de Cernache, que foi alferes da bandeira da Ala dos Namorados na Batalha de Aljubarrota.


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sábado, 5 de setembro de 2009

MONUMENTO AOS HERÓIS DA GUERRA PENINSULAR (PORMENORES DO MONUMENTO)

PORMENOR FRONTAL


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PORMENOR LATERAL ESQUERDO



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PORMENOR LATERAL DIREITO


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Embarque para o Brasil do Príncipe Regente de Portugal

Embarque para o Brasil do Príncipe Regente de Portugal, D. João VI, e de toda a família real, no Porto de Belém, em 27 de Novembro de 1807. Gravura feita por Francisco Bartolozzi (1725-1815) a partir de óleo de Nicolas Delariva.
Na iminência da invasão, o príncipe regente, D. João, fizera já saber a Napoleão que iria cumprir as disposições do Bloqueio Continental e, em 30 de Outubro, declarara mesmo guerra à Inglaterra, mandando prender em Novembro os ingleses residentes em Portugal. A Convenção secreta entre Portugal e a Inglaterra, assinada no dia 22 de Outubro, estabelecia com segurança a manobra luso-britânica de pôr a salvo a Família Real e o governo português no Brasil.
Em 9 de Maio de 1808, o príncipe regente de Portugal, no Brasil, declarava nulos todos os tratados de Portugal com a França, declarando guerra aos franceses e amizade ao seu antigo aliado, a Grã-Bretanha. No Porto, em 6 de Junho, vai abrir-se um período de revoltas populares contra a ocupação francesa, em resultado das quais as populações de Chaves, Miranda, Torre de Moncorvo, Ruivães, Vila Real, entre outras, responderam imediatamente à chamada. Sob o comando do tenente-general Sepúlveda o movimento de Trás-os-Montes voltou ao Porto, onde foi nomeada a Junta Provisional do Supremo Governo do Reino (1808), sob o comando do bispo do Porto, D. António de Castro.


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Guerra Peninsular (Tratado de Fontainebleau)

A chamada Guerra Peninsular sucedeu no início do século XIX, na Península Ibérica, integrando o evento mais amplo das Guerras Napoleónicas. Envolveu Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e França, com repercussões além da Europa, na independência da América Latina.
Em Julho de 1807, com os acordos secretos de Tilsit, vai no entanto abrir-se um novo capítulo na guerra europeia. Em Agosto, enquanto Napoleão faz concentrar tropas em Baiona para a invasão de Portugal, os representantes da França e de Espanha em Lisboa entregaram ao príncipe regente de Portugal, dom João, os seus “pedidos”: Portugal teria que se juntar no bloqueio continental que a França decretara contra a Inglaterra; fechar os seus portos à navegação britânica; declarar a guerra aos ingleses; sequestrar os seus bens em Portugal, e prender todos os ingleses residentes.
Em 5 de Setembro de 1807, o general Andoche Junot está já em Baiona a cuidar dos últimos preparativos das tropas que irão invadir Portugal, antes de obter uma resposta definitiva do príncipe regente de Portugal, e antes mesmo de Napoleão assinar o Tratado de Fontainebleau com a Espanha (27 de Outubro de 1807), no que parecia ser o projecto de uma repartição do território português em três novas unidades políticas:

Lusitânia Setentrional – território entre o rio Minho e o rio Douro, um principado a ser governado pelo soberano do extinto reino da Etrúria (então Maria Luísa, filha de Carlos IV de Espanha);

Algarves – região compreendida ao sul do Tejo, a ser governada por Manuel de Godoy, o Príncipe da Paz, primeiro-ministro de Carlos IV, com o título de rei; e

Resto de Portugal – território circunscrito entre o rio Douro e o rio Tejo, região estratégica pelos seus portos, a ser administrada directamente pela França até à paz geral.

Tornando aparente à Espanha querer cumprir o Tratado de Fontainebleau, Napoleão ordena a invasão de Portugal, iniciando o que se denomina por Guerra Peninsular (1807 – 1814), cuja primeira parte é conhecida como invasões francesas a Portugal.


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A Guerra Peninsular (Antecedentes)

A Guerra Peninsular entre 1807 e 1814, tem uma sequência de eventos envolvendo a península que remontam à Campanha do Rossilhão (1793 – 1795), quando tropas de Portugal reforçam as da Espanha, integrando a primeira aliança liderada pela Inglaterra contra a França revolucionária.
A partir da ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder (1799), a Espanha alia-se à França para, por meio da invasão e da divisão de Portugal entre estes, atingir indirectamente os interesses comerciais do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda. A Guerra das Laranjas travada em 1801, na sequência, por um lado, da recusa portuguesa em aliar-se à França contra a Inglaterra (país nosso aliado tradicional) e, por outro, de um acordo entre a França e a Espanha em que se planeava a partilha do território nacional entre as duas. Napoleão Bonaparte e os espanhóis pretendiam que o príncipe regente de Portugal abrisse os portos aos navios espanhóis e franceses. Não o conseguindo, chegaram a invadir o País. As hostilidades terminaram com a perda de Olivença.


PINTURA»»
Manuel Godoy, o vencedor da Guerra das Laranjas.



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"No cimo do pedestal" encontra-se um leão(a vitória portuguesa) sobre uma águia que derruba (esta representa o império de Napoleão).


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A guerra peninsular (Invasões Francesas)

A guerra peninsular, assim designada, foi aquela que uniu os Portugueses, os Espanhóis e os Ingleses contra os exércitos da França, de Napoleão Bonaparte, na Península Ibérica, no período de 1808 a 1814. Bem no centro do jardim da Boavista, ergue-se este monumento comemorativo aos bravos dessas lutas. Da autoria do arquitecto Marques da Silva e do Escultor Alves de Sousa, esta obra levou alguns anos a ser concluída, tendo começado em 1909 e apenas inaugurado em 1951. Os artistas envolvidos na feitoria desta obra, tentaram transmitir o sacrificio e a vitória do povo portuense nesta guerra. É composta por um pedestal, de 45 metros de altura, rodeado de grupos escultóricos, chegando mesmo, dois deles a morder a base. No cimo do pedestal encontra-se um leão(a vitória portuguesa) sobre uma águia que derruba (esta representa o império de Napoleão). É precisamente o que a fotografia documenta.


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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cónegos Regrantes de Santo Agostinho

Cónegos regrantes do Mosteiro de S. Salvador de Grijó.


A história dos cónegos regulares surgiu em consequência das exortações urgentes do Sínodo de Latrão, em 1059. Os clérigos autónomos dos cabidos de algumas catedrais, principalmente na Inglaterra (Carlisle), e de um grande número de colegiadas da Europa ocidental, respondeu à apelação; e a necessidade de uma regra da vida para o regime novo produziu, no fim do século XI, a dita Regra de Santo Agostinho, que foi adoptada extensamente pelos cónegos regulares, que começaram também a se ligar pelos votos da pobreza, da obediência e da castidade. Seus membros são chamados cónegos pretos, numa referência à cor do hábito de manto que usam.
O surgimento destes cónegos determinou, no século XI, a distinção entre cónegos regulares e seculares. Com a carta apostólica Caritatis unita, de 4 de Maio de 1959, o Papa João XXIII fundou a Confederação dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho, no 900.º aniversário do Primeiro Sínodo de Latrão. Como seu predecessor, o Papa São Gregório VI, quis promover a vida canonical no mundo contemporâneo. A Confederação é uma união de caridade que agrupa nove congregações de cónegos regulares pela recíproca ajuda e suporte. Criada Confederação dos Cónegos Regulares Agostinianos, passaram a integrá-la:
* os Cónegos Regulares Lateranenses
* os Cónegos Regulares da Congregação austríaca
* os Cónegos Regulares do Grande São Bernardo

* os Cónegos Regulares de São Maurício d’Agaune

* os Cónegos Regulares de Windesheim

* os Cónegos Regulares da Imaculada Conceição

* os Cónegos Regulares de Maria Mãe do Redentor

* os Cónegos Regulares dos Irmãos da Vida Comum

* os Cónegos Regulares de São Vítor
Os seus mais importantes mosteiros em Portugal foram os de Santa Cruz, em Coimbra, e o de São Vicente de Fora, em Lisboa.
A Ordem tem veneração especial pela Paixão de Cristo, por Nossa Senhora, pelos Santos Anjos, arautos da Cruz. Seu cunho especial é a Liturgia Solene. Seus sacerdotes pregam exercícios espirituais e sobretudo auxiliam a Igreja na oração e ajuda ao clero.

As abadias dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho apresentam poucas particularidades próprias. Sendo uma Ordem de clero regular, ocupando uma posição de meio termo entre monges e cónegos seculares – algo como um conjunto de párocos a viverem em comunidade e em observância a uma regra. Em 1542, alguns cónegos regrantes do Mosteiro de S. Salvador de Grijó, invocando a insalubridade dos ares da primeira fundação que se localizava em lugar ermo, doentio e isolado. Necessitando este de obras de vulto, decidindo o Rei D. João III, o Reformador de Santa Cruz de Coimbra e o Prior-Mor D. Bento de Abrantes, fundar uma nova Casa mais perto da Cidade do Porto. Assentaram edificar o novo Mosteiro no montado da Quinta de Quebrantões, na Serra de S. Nicolau de Vila Nova, que compraram aos seus fidalgos proprietários.
Ao Mosteiro edificado veio chamar-se Santo Agostinho da Serra do Pilar. Passa-se isto em 1598, início da construção da actual igreja – ao lado da primitiva capela, ainda viva e bem conservada - dada por concluída e benzida apenas em 1672.



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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mosteiro da Serra do Pilar em Gaia (ALTARES E IMAGENS)


NOSSA SENHORA DO PILAR - BRASIL

IMAGEM DE SÃO PEDRO ALTAR LATERAL ESQUERDO

IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADOS

IMAGEM DE SANTO ANTÓNIO DE LISBOA E PÁDUA

ALTAR LATERAL ESQUERDO

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


ALTAR DE SÃO PEDRO

ALTAR DE JESUS ORANDO

ALTAR DE NOSSA SENHORA DO PILAR

ALTAR-MOR DO MOSTEIRO

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Claustros do Mosteiro da Serra do Pilar

Na segunda metade dos anos 70 do século XVI é concluída a obra do claustro, na sua forma circular. Nesta altura também a igreja era adornada com imagens. A actual igreja é fruto de uma reconstrução efectuada em 1598 a partir do edifício existente. Em 1690 Manuel do Couto é contratado para executar a obra do coro novo, segundo o traço de Domingos Lopes, que obrigou a desfazer o claustro e a reedificá-lo na mesma forma. Assim, a actual construção não corresponde ao projecto original.
O mosteiro apresenta uma dupla planta centrada - claustro e corpo da igreja. O elemento que separa os dois espaços é o coro quadrangular. O interior do templo apresenta-se cupulado e com capelas abertas no muro; o claustro foi desenhado segundo um esquema arquitravado assente em colunelos de capitéis jónicos. A decoração de rollwerk do entablamento é mais tardia.
A forma circular considerada perfeita pelos homens do Renascimento tem aqui um excelente exemplo da sua aplicação. Relativamente ao claustro podemos encontrar afinidades no pátio do Palácio de Carlos V em Granada.
O claustro, mantendo a estrutura circular da Igreja, com as suas 36 colunas, é mesmo bonito. Quando ali se entra, tem-se a sensação de nunca se ter visto coisa igual: na verdade, é exemplar único na Península Ibérica


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Mosteiro da Serra do Pilar em Gaia

O Mosteiro da Serra do Pilar dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho da Congregação de Santa Cruz de Coimbra situa-se numa elevação sobranceira ao rio Douro em Vila Nova de Gaia. Tem uma forma circular característica do Renascimento. Em 1538, com a colocação da primeira pedra, Frei Brás de Braga dá início ao mosteiro. Em 19 de Junho de 1540, o fidalgo João Dinis Pinto vendeu, para cerca do novo mosteiro, pela quantia de 10$00, uma parte da sua quinta de Quebrantões, da qual; era Senhoria directa a Câmara do Porto. Em 1542 João de Ruão e Diogo de Castilho são chamados para verificar os alicerces da igreja, o que torna provável a autoria da planta da igreja e do claustro em colaboração com Frei Brás.



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Serra do Pilar em Gaia

No ano de 1140, o bispo do Porto, D. Pedro Rabaldio, fundou um mosteiro de freiras, que seguiam a regra de inclusas ou emparedadas, no sítio em que está erigido o edifício do actual mosteiro da serra do Pilar de invocação a São Nicolau. Este mosteiro vigorou até princípios do século XIV, em virtude de não haver religiosas que desejassem continuar a cumprir a cruciante penitência usada nesta casa religiosa. Em virtude do convento das Donas Emparedadas de São Nicolau ficar desabitado, o prior do convento de Grijó, D. Bento Abrantes, deliberou estabelecer uma filial do seu mosteiro no sítio em que existiu o das monjas de S. Nicolau. E, assim, depois de ter obtido a licença pontifícia, conseguiu que o bispo D. Baltasar Limpo, prelado do Porto, viesse benzer e lançar a primeira pedra para a edificação do novo mosteiro, cerimónia que foi realizada no dia 28 de Dezembro do ano de 1537.



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domingo, 23 de agosto de 2009

Sé do Porto

Catedral (Sé) da cidade do Porto, situada no coração do centro histórico, é um dos seus principais e mais antigos monumentos. O início da sua construção data da primeira metade do século XII, e prolongou-se até ao princípio do século XIII. Esse primeiro edifício, em estilo românico, sofreu muitas alterações ao longo dos séculos. Da época românica datam o carácter geral da fachada com as torres e a bela rosácea, além do corpo da igreja de três naves coberto por abóbada de canhão. A abóbada da nave central é sustentada por arcobotantes, sendo a Sé do Porto um dos primeiros edifícios portugueses em que se utilizou esse elemento arquitectónico.


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Na época gótica construiu-se a capela funerária de João Gordo (cerca de 1333), cavaleiro da Ordem dos Hospitalários e colaborador de D. Dinis, sepultado em um túmulo com jacente. Também da época gótica data o claustro (séc XIV-XV), construído no reinado de D. João I. Este rei casou-se com D. Filipa de Lencastre na Sé do Porto em 1387.
O exterior da Sé foi muito modificado na época barroca. Cerca de 1772 construiu-se um novo portal em substituição ao românico original. As balaustradas e cúpulas das torres também são barrocas. Cerca de 1736, o arquitecto italiano Nicolau Nasoni adicionou uma bela galilé barroca à fachada lateral da Sé.




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À esquerda da capela-mor encontra-se um magnífico altar de prata, construído na segunda metade do século XVII por vários artistas portugueses, salvo das tropas francesas em 1809 por meio de uma parede de gesso construída apressadamente. No século XVII a capela-mor original românica (que era dotada de um deambulatório) foi substituída por uma maior em estilo barroco. O altar-mor, construído entre 1727-1729, é uma importante obra do barroco joanino, projectado por Santos Pacheco e esculpido por Miguel Francisco da Silva. As pinturas murais da capela-mor são de Nasoni. O transepto sul dá acesso aos claustros do século XIV e à Capela de São Vicente. Uma graciosa escadaria do século XVIII de Nasoni conduz aos pisos superiores, onde os painéis de azulejos exibem a vida da Virgem e as Metamorfoses de Ovídio. A sé integra três belos órgãos. Um deles, no coro-alto, marca em Portugal um período que dá início ao desenvolvimento organístico. Trata-se de um órgão do construtor Jann, o mesmo construtor do órgão da igreja da Lapa (Porto), ambos promovidos pelo esforço e iniciativa do Cónego Ferreira dos Santos.



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História

Cale era o nome de um antigo povoado localizado na foz do Rio Douro, que flui para o Oceano Atlântico, a norte do que é hoje Portugal.
Alguns historiadores defendem que foram os gregos os primeiros a descobrir a forma etimológica de Cale e que o nome deriva da palavra grega KALLIS, 'bela', referindo-se à beleza do vale do Douro. Outros acham que a hipótese de que a palavra Cale deriva do Latim "ameno" Portu Cale significava um Porto Ameno. A principal explicação para o nome, porém, é que se trata de um apelido étnico derivado ao Castro e sua população que se estabeleceu na área de Cale - a Callaeci. Outros, ainda, acreditam que o nome partiu da principal deusa adorado por esta tribo, o que poderia ser a mesma Cailleach na Irlanda. Como Celtas chegaram à Galiza. Boece Hector disse Portugal provem de Porto Gatelli o nome Gatelo deu Braga quando eles se estabeleceram lá, enquanto outros dizem que ele deu o nome ao Porto. Os nomes "Callaici" e "Cale" estão na origem hoje: de Gaia, Galiza, e os "Gal" radicados em "Portugal". O significado de Cale ou "rua" não é totalmente compreendido. Cerca de 200 a.C., os romanos começaram a conquistar a Península Ibérica aos Cartagineses durante a Segunda Guerra Púnica, e no encadeamento conquistou Cale e a renomearam de Portus Cale. Decidido pelo general Decimus Junius Brutus Callaicus à volta do ano 138 a.C.. No final das campanhas de Brutus, Roma controlava, o território entre os rios Douro e Minho e provavelmente extensões ao longo da costa e no interior. No entanto foi apenas com Augustus no final do 1o século a.C., que o presente norte Portugal e a Galiza foram totalmente pacificados e sob controlo romano. Todas estas regiões cairiam no domínio Suevo entre 410 e 584. Estes germânicos invasores violentes (Bárbaros) invadiram principalmente as áreas de Braga (Brácara Augusta), Porto (Portus Cale), Lugo (Lucus Augusti) e Astorga (Asturica Augusta). Brácara Augusta, a moderna cidade de Braga e antiga capital romana da Galécia, se tornou a capital dos Suevos. Outro povo germânico, os Visigodos, também invadiram a Península Ibérica e acabariam por conquistar o reino Suevo em 584. A região em torno de Cale se tornou conhecida pela Visigodos como Portucale. Portus Cale cairia sob domínio Mouro Muçulmano depois da invasão da Península Ibérica em 711. Em 868, Vímara Peres, um cavaleiro cristão da Gallaecia e vassalo do rei de Astúrias, Léon e Galiza, Afonso III, foi enviado a reconquistar aos mouros e consolidar a área desde o rio Minho ao rio Douro, incluindo a cidade do Portus Cale. Fundou o primeiro condado de Condado de Portucale ou o Condado Portucalense. Portus Cale é, assim, o antigo nome das actuais Porto e Vila Nova de Gaia estas zonas ribeirinhas, que seriam usadas para nomear toda a região e, depois, o país.



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O Mito de "GAIA" » Muitas vezes o que parece não é um facto real!

O nome "Gaia" é utilizado como prefixo para designar as diversas ciências relacionadas com o estudo do planeta. A deusa foi também a propiciadora dos sonhos e a protectora da fecundidade. Na mitologia grega, "Gaia" é a personificação da Terra como deusa. Uma das primeiras divindades a habitar o Olimpo, nasceu imediatamente depois do Caos. Sem intervenção masculina, gerou sozinha Úrano (o Céu), as Montanhas e o Ponto (o Mar). Formou com Úrano o primeiro casal divino e dessa união nasceram os Titãs, os Ciclopes e os Hecatonquiros, gigantes de cinquenta cabeças e cem braços. Úrano detestava os filhos e, logo após seu nascimento, encerrava-os no Tártaro. Revoltada com esse procedimento, "Gaia" decidiu armar um dos filhos, Cronos, com uma foice. Quando, na noite seguinte, Úrano se uniu a "Gaia", Cronos atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. Cronos lançou os testículos de Úrano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre "Gaia", fecundando-a. Desse contacto, nasceram as Erínias (identificadas, na mitologia latina, com as Fúrias). "Gaia", na mitologia clássica, personificava a origem do mundo, o triunfo e ordenamento do cosmos frente ao caos, a propiciadora dos sonhos, a protectora da fecundidade e dos jovens. Livre de nascimento ou destruição, de tempo e espaço, de forma ou condição, é o Vazio. Do Vazio eterno, "Gaia" surgiu dançando e girando sobre si como uma esfera em rotação. Ela moldou as montanhas ao longo de Sua espinha e vales nos buracos de Sua pele. Um ritmo de morros e planícies seguia Seus contornos. De Sua quente humidade, Ela fez nascer um fluxo de chuva que alimentou a Sua superfície e trouxe vida. Criaturas sinuosas desovaram nas correntezas das piscinas naturais, enquanto pequenos filhotes verdes se lançaram através de seus poros. Ela encheu os oceanos e lagoas e fez os rios correrem através de profundos sulcos. "Gaia" observava suas plantas e animais crescerem. Então Ela trouxe à luz de Seu útero seis mulheres e seis homens. Os mortais prosperaram ao longo do tempo, mas estavam continuamente preocupados com seu futuro. No início, "Gaia" pensou que era uma espantosa excentricidade de sua parte, contudo, vendo que sua preocupação com o futuro consumia algumas de suas crianças, Ela inaugurou entre eles um oráculo. Nos morros do local chamado Delfos, "Gaia" fez brotar vapores de Seu mundo interior. Eles subiram por uma fenda nas rochas, envolvendo uma sacerdotisa. "Gaia" instruiu-a a entrar em transe e interpretar as mensagens que surgiam da escuridão de sua terra-útero. Os mortais viajavam longas distâncias para consultar o oráculo: Será o nascimento do meu filho auspicioso? Será nossa colheita recompensadora? Trará a caça suficiente comida? Conseguirá minha mãe sobreviver a sua doença? "Gaia" estava tão comovida com sua torrente de ansiedades, que trouxe outros prodígios ao futuro para Atenas e o Egeu. Incessantemente, a Mãe-Terra manifestou presentes em sua superfície e aceitou os mortos em seu corpo. Em retribuição ela era reverenciada por todos os mortais. Oferendas a “Gaia” de bolos e mel e cevada, eram deixados em pequenos buracos no chão à frente dos locais onde eram realizadas as colheitas. Muitos dos seus templos eram construídos próximo a pequenas fendas, onde anualmente os mortais ofereciam bolos doces através de seu útero, e do interior da escuridão do seu segredo, “Gaia” aceitava seus presentes. Gaia é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-Européias. É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existente ção ela era reverenciada por todos os mortais. Oferendas a “Gaia” de bolos e mel e cevada, eram deixados em pequenos buracos no chão à frente dos locais onde eram realizadas as colheitas. Muitos dos seus templos eram construídos próximo a pequenas fendas, onde anualmente os mortais ofereciam bolos doces através de seu útero, e do interior da escuridão do seu segredo, “Gaia” aceitava seus presentes. "Gaia" é a personificação do antigo poder matriarcal das antigas culturas Indo-europeias É a Grande Mãe que dá e tira, que nutre e depois devora os próprios filhos após sua morte. É a força elementar que dá sustento e possibilita a ordem do mundo. Nos mitos gregos, os conflitos entre Gaia e as divindades masculinas representam a ascensão do poder patriarcal e da sociedade grega sobre os povos pré-existente.


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sábado, 22 de agosto de 2009

Câmara de Vila Nova de Gaia cria nova rua de ligação a General Torres

A Avenida da República, em Gaia, terá uma nova ligação à Rua de General Torres. Esta artéria, a rasgar num terreno cedido pelo Banco Português de Investimento, substituirá a Rua de Álvares Cabral, que passa a pedonal. Há muitos anos que a Câmara gaiense acalenta a ideia de requalificar a área envolvente ao edifício dos Paços de Concelho. A criação de um centro cívico com novos imóveis e uma praça alargada entre a Rua de Pinto Mourão e as traseiras do actual edifício-sede do município são duas das principais transformações equacionadas no mais recente estudo urbanístico do centro cívico. As mudanças levarão ao desaparecimento de parte da Rua de Álvares Cabral (o troço entre a Avenida da República e a Rua de General Torres), tal como hoje existe. No futuro, os automóveis deixarão de circular em frente aos Paços do Concelho. Toda a área será pedonal, tendo sido já decidida a construção de um parque de estacionamento enterrado sob a Rua de Álvares Cabral. A transformação só será possível se forem criadas alternativas para o trânsito rodoviário. Aquele troço da Rua de Álvares Cabral é muito procurado e serve, também, os transportes públicos. Nesse sentido, foi projectada a execução de uma nova via com um perfil idêntico, que nascerá alguns metros abaixo da referida artéria. Os 1740 metros quadrados necessários para a obra pertencem ao fundo de pensões do BPI. A cedência foi acordada com a Autarquia, que, em Abril passado, previa gastar 327,8 mil euros com a expropriação. Com este entendimento, o Município receberá o terreno e, em contrapartida, terá de desembolsar 160 mil euros para limpá-lo (no essencial, terá de demolir os edifícios em ruína) e prepará-lo para o projecto urbanístico que o BPI possui para aquele local. O pedido de informação prévia, submetido em Outubro, já foi aprovado. A nova rua entre a Avenida da República e General Torres terá de ficar concluída em seis meses. A obra será paga pela Câmara. A via terá duas faixas (uma será só para bus) no sentido General Torres/Avenida da República e outra no sentido contrário.



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Câmara Municpal de Gaia cria nova rua de ligação a General Torres.
A Avenida da República, em Gaia, terá uma nova ligação à Rua de General Torres.




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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia

CURRICULUM MÉDICO E PROFISSIONAL

Licenciatura em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina do Porto - Julho 1977; Monitor de Anatomia - 1976/77; Assistente de Anatomia - 1977/79; Assistente de Propedêutica Médica - 1979/82; Assistente de Pediatria - 1985/87; Internato Geral no Hospital de S. João - 1978/79; Serviço Médico à Periferia no Concelho de Amarante - 1980; Interno da Especialidade de Pediatria no Hospital de Santo António e S. João do Porto -1982/87; Interno Residente do Hospital Necker des Enfants Malades, Paris - 1986 e 1987; Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, enquanto interno de neurologia infantil no Hospital Necker - 1986 e 1987; Trabalhos científicos publicados em revistas de ciências médicas básicas (Morfologia Experimental) e clínicas (endocrinologia, pediatria e neurologia infantil); Médico director do Departamento de Medicina da Siderurgia Nacional EP/Maia - 1980 até hoje (com funções suspensas); Médico da Companhia de Seguros Global - 1989,90 e 91. CARGOS PÚBLICOS Vice-Presidente da Comissão Parlamentar de Saúde; Membro da Delegação Portuguesa à Conferência Mundial da UNESCO - 1983; Adjunto do Ministro da Educação - Março de 1983 a Novembro de 1983; Chefe de Gabinete do Secretário de Estado do Ensino Superior - Novembro de 1983 a Maio de 1984; Deputado à Assembleia da República - Agosto de 1987 a Novembro de 1991 e de Novembro de 1995 a Janeiro de 1996; Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares - Novembro de 1991 a Novembro de 1995; Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia desde Janeiro de 1998; Vice-Presidente da Junta Metropolitana do Porto - Janeiro de 1998.
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CURRICULUM POLÍTICO PARTIDÁRIO

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Vogal da Comissão Política Concelhia do Porto da JSD - Outubro 1975 a Outubro de 1976; Presidente da Comissão Política Distrital da JSD - Outubro 1977 a Novembro de 1978; Membro do Conselho Nacional da JSD - Outubro 1977 a Novembro de 1978; Presidente da SOP - Secção Ocidental do Porto do PSD - Fevereiro de 1978/79; Vogal (inerência) da Comissão Política da Distrital do PSD - Outubro de 1977 a Novembro de 1978; Vogal da Comissão Política Distrital do Porto - Fevereiro 1980 a Fevereiro 1981; Vice-Presidente da Comissão Política Distrital do Porto - Fevereiro de 1983 a Fevereiro 1984; Presidente da Comissão Política Distrital do Porto de Fevereiro de 1990 a Fevereiro de 1998 e desde Abril de 2000; Membro do Conselho Nacional do PSD - Março de 1984 a Março de 1987 e de Fevereiro de 1990 a Fevereiro de 1998 e desde Março de 2000; Vice-Presidente do Congresso e Conselho Nacional - Março de 1998 a Fevereiro de 2000; Vice-Coordenador dos deputados do PSD na Comissão Parlamentar de Saúde - Agosto 1987 a Novembro 1988; Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD - Setembro de 1988 a Novembro de 1991 e de Novembro de 1995 a Março de 1996; Coordenador dos deputados do PSD na Comissão de Trabalho e Segurança Social de Novembro de 1995 a Março de 1996.
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Luís Filipe Menezes
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Coordenação Geral; Direcção Municipal de Assuntos Jurídicos; Relações Públicas, Protocolo e Comunicação; Relações Institucionais, Cooperação e Relações Internacionais; Ordenamento do Território, Planeamento Urbanístico e Urbanismo e Paisagem Urbana; Programa POLIS; Educação/Ensino Superior e Projecto Municipal das Escolas de Desporto e Arte; Coordenação da actividade da GAIURB, E.M.



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Presidente da Câmara Municipal do Porto


Rui Rio nasceu, em 1957, no Porto. Iniciou a sua vida académica no Colégio Alemão, tendo-se licenciado em Economia na Universidade do Porto. Foi, enquanto estudante, Presidente da Associação de Estudantes da FEP e membro do seu Conselho Pedagógico. Foi também atleta federado pelo CDUP na modalidade de atletismo.
Em 1982 teve a sua primeira experiência profissional como assessor para a área administrativa e financeira, da gerência duma empresa comercial ligada essencialmente à indústria têxtil, actividade que foi interrompida para cumprimento do serviço militar obrigatório, tendo sido retomada em 1985. Nesta altura foi, paralelamente, consultor duma empresa industrial do ramo metalúrgico, nas áreas da contabilidade analítica, da gestão de stocks e do controlo orçamental. Economista no Banco Comercial Português, no fim da década de oitenta, colaborou na implementação da Direcção de Mercado de Capitais, com actividade centrada na montagem de operações de financiamento no mercado primário, processos de admissão à cotação nas Bolsas de Valores e estudo e concepção de novos produtos financeiros. Foi, ainda, responsável pelas sessões de formação dos novos elementos do Banco, na área de Mercado de Capitais. Posteriormente, foi Director Financeiro da CIN - Corporação Industrial do Norte, S.A. Das diversas acções de valorização académico-profissional consta um estágio no Bundesbank, em Frankfurt, para aperfeiçoamento técnico no âmbito da criação da União Económica e Monetária. Paralelamente, Rui Rio desenvolveu uma intensa actividade política. Primeiro na JSD, onde foi Vice-Presidente da Comissão Política Nacional entre 1982-84, sendo simultaneamente Membro da Comissão Política Nacional do PSD, durante a presidência de Pinto Balsemão e posteriormente de Mota Pinto. Mais tarde, como deputado à Assembleia da República pelo círculo do Porto, teve especial intervenção na Comissão Parlamentar de Economia, Finanças e Plano, entre 1991 e 2001. Durante este período, assumiu as funções de Porta-Voz da bancada “laranja” para as questões económicas e financeiras, foi Secretário-Geral do partido, durante a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa, e foi ainda Vice-Presidente do Grupo Parlamentar. Foi ainda Membro do Governo Sombra com a pasta do “Desenvolvimento e Coesão Nacional”. Entre 1996 e 1998 foi Vice-Presidente do Instituto Sá Carneiro e, entre 2002 e 2005, Vice-Presidente do PSD. De 2003 a 2005 foi Presidente do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular. Foi distinguido com o Prémio Personalidade Marketing Cidades e Regiões 2004, atribuído pela APPM - Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing, e recebeu o Prémio Alfredo César Torres 2005, atribuído pela FPAK - Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, pelo apoio e dedicação concedidos à realização do Grande Prémio Histórico do Porto. Publicou, em 1999, Análise à Distribuição Regional do Investimento Público e, em 2002, A Política in Situ. Foi articulista em diversos jor
nais como o “O Comércio do Porto”, o “Diário Económico”, o “Público” e o “Diário do Norte” e colaborou, como cronista de temas políticos e económicos, com a TSF e com a Rádio Festival.
Foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Foi ainda agraciado com a Grã-Cruz das Ordens do Mérito da Hungria e do Reino da Noruega, com a Grã-Cruz com placa da Ordem da Honra da República da Áustria e com a Grã-Cruz de Primeira Classe da Ordem da Estrela Branca da República da Estónia.
Foi Presidente da Câmara Municipal do Porto entre 2002 e 2005.
É administrador do Metro do Porto, foi reeleito Presidente da Câmara Municipal do Porto em 9 de Outubro de 2005 e é Presidente da Junta Metropolitana do Porto.


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