quarta-feira, 19 de agosto de 2009

História

A sua origem remete para o século XV, sendo erguida encostada à Muralha Primitiva da cidade. As suas funções eram de representação do senado ou assembleia da Câmara, considerada como primeira sede do poder autárquico ou municipal e era designada por Torre da Rolaçam (i.e., torre da relação). A designação popular de Casa dos 24 deve-se ao facto de aí se reunirem os 24 representantes dos vários mesteres (ofícios) da cidade do Porto. Situada a apenas sete metros das paredes da Sé do Porto, era construída em cantaria de granito com cem palmos de altura (cerca de 22 m) e era guarnecida de ameias. Possuía vários sobrados contendo no seu interior elementos artísticos de grande qualidade. Evidenciava entre outros, um exemplar tecto dourado no salão nobre superior. Em meados do século XVI as sessões camarárias mudaram-se para a Rua das Flores, pelo facto do edifício mostrar indícios de ruína. Serviu, posteriormente, de cadeia e asilo para prostitutas e sem abrigo, entrando em ruína. Na década de 1940 a envolvente da Sé, sofreu alterações significativas pelas demolições e arranjo urbanístico ordenado pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Segundo um conceito higienista com critérios de monumentalização, demoliu-se uma grande quantidade de edifícios que se encontravam em frente à Sé, alargando-se amplamente o Terreiro da Sé. Pretendia-se desta forma resolver o problema de degradação física e social do bairro, evidenciando o elemento singular da Sé Catedral. Em 1991 as ruínas dos antigos paços do concelho foram alvo de obras de reabilitação e arranjos de cariz urbanístico, pois encontrava-se em perigo de derrocada. E, em 1995 surge a necessidade de reabilitar as suas funções dando origem ao projecto do arquitecto Fernando Távora. A sua reconstituição pretendia imortalizar os longos anos de vida e de história da cidade do Porto, recordando assim o glorioso passado da cidade.


Bem-haja

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